terça-feira, 25 de setembro de 2012

A JANELA

Muitas vezes sussurros em nossa alma podem nos indicar um caminho.

O coração é frágil na mesma proporção em que é essencial para a vida humana: Ele bombeia. Sangue, emoções, frustrações dentro de nós...

Todos nós caímos e machucamos. A vida é assim. Viver é como uma janela aberta para um campo florido e belo que se torna cinzento em meio à tempestade. A primeira ação que temos é fechar a janela. Acreditamos que isso nos protegerá das intempéries, porém nossa sala fica escura e abafada; nossa vida é trancafiada.

É necessário deixar que a tempestade nos molhe. É preciso sentir o gotejar da chuva em nosso rosto e permitir que ela nos lave, nos limpe. O jardim permanecerá após a tempestade, talvez com algumas modificações, ou com alguns estragos, mas logo ele ressurgirá mais belo do que antes.

Mas é o coração [romantizado e idolatrado], um músculo incontrolável, que se torna o nosso maior amigo/inimigo. É ele que vai fechar algumas janelas simplesmente porque "sentimos" que é assim que deve ser. Mas a vida precisa ir além! Escancare as janelas, sinta o ar. Se molhe na tempestade. Não deixe que os sentimentos momentâneos e as percepções distorcidas fechem as janelas do seu dia a dia e faça da sua vida uma existência claustrofóbica.